O Microsoft Excel comemorou em setembro de 2025 o seu 40.º aniversário. A Microsoft não recorreu a celebrações tradicionais, mas apresentou a nova função Copilot(), que estará a transformar a forma como trabalhamos com dados, relatórios e tarefas do dia a dia, acelerando processos com a ajuda da Inteligência Artificial.

Imagine abrir uma folha de cálculo e, em vez de pensar em fórmulas complexas, bastar descrever o que quer que o Excel faça, um texto em linguagem natura (linguagem humana), e ver o resultado aparecer. Isso é, em grande parte, o que a nova funcionalidade =COPILOT() propõe. Pasmem, mas é verdade. Ela insere inteligência artificial diretamente nas células do Excel, aproximando cada utilizador, desde o mais básico ao mais avançado, do poder dos modelos de linguagem moderna.

O que é =COPILOT()

A Microsoft introduziu a função =COPILOT() no Excel como forma de trazer capacidades de IA generativa diretamente para as células.

De modo resumido:

  • Em vez de depender unicamente de fórmulas tradicionais (SOMA(), SE(), PROCV(), etc.), você pode pedir ao Excel (via =COPILOT()) para classificar, resumir, gerar textos, interpretar dados, etc.
  • A função pode receber como argumento uma “descrição” (prompt) e, opcionalmente, contextos de células ou intervalos (ranges) que contextualizam a tarefa.
  • O resultado devolvido pela função adapta-se dinamicamente se os dados do intervalo de referência mudarem — tal como outras funções do Excel.
  • A nova função convive com as fórmulas clássicas: pode ser usada dentro de IF, LAMBDA, SWITCH e outras construções, formando híbridos entre lógica tradicional e IA.

Apesar do potencial, há limitações importantes:

  • Ainda está numa fase de pré-visualização / beta, disponível para utilizadores em canais privilegiados.
  • O =COPILOT() funciona somente com dados já presentes na folha (ou referências de células); não busca dados externos automaticamente a partir da web.
  • Não é aconselhável depender desta função para tarefas que exigem precisão absoluta (relatórios financeiros críticos, compliance legal, auditorias, etc.), sem antes verificar (validar) os resultados.
  • Há limites de chamada (por exemplo, número de prompts permitidos num dado intervalo de tempo) para evitar abusos ou sobrecarga.

A forma geral de invocar a função é:

=COPILOT(prompt1, [contexto1], [prompt2], [contexto2], …)

Onde:

  • prompt1, prompt2, … são trechos de texto que descrevem a tarefa (por exemplo, “Classify this feedback”, “Summarize comments”, “Generate a label”)
  • contexto1, contexto2, … são referências (uma célula ou intervalo) que oferecem dados para o prompt até certo ponto

    Algumas notas adicionais

    • Se não indicar contexto, o modelo tentará interpretar com base no prompt mais “aberto”, mas a precisão pode diminuir.
    • Pode combinar =COPILOT() com outras funções: por exemplo:
      • =IF(A2 > 100, COPILOT(“Generate label”, A2), “Pequeno valor”)
    • Se modificar o intervalo de dados, a função recalcula para refletir a nova realidade.

    Cuidados essenciais e boas práticas

    • Não confie cegamente: sempre verifique os resultados, especialmente quando forem usados para tomar decisões críticas.
    • Simplifique os prompts: quanto mais claro for o pedido, melhor será a saída.
    • Evite excesso de ambiguidade: prompts vagos tendem a produzir respostas genéricas.
    • Use limites de uso com consciência: se o Excel limitar o número de chamadas, planeie o uso de prompts.
    • Combine com verificações manuais ou fórmulas auxiliares: por exemplo, use funções de checagem ou filtros adicionais.

    Conclusão

    A função =COPILOT() representa um salto no modo como usamos o Excel: já não é apenas uma ferramenta de fórmulas rígidas, mas um assistente inteligente que entende linguagem natural e transforma essa entrada em valor concreto.

    Claro que ainda não é perfeita, pois há limitações, necessidade de validação, e dependência de licenças, mas já é um avanço que, assim que estiver disponível para todos, merece ser explorado por qualquer utilizador.

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