“O novo sistema operacional da Microsoft pode parecer uma mudança drástica em relação ao Windows 7, mas funciona, faz sentido e é o futuro.”
O Windows 8 polariza opiniões. Alguns acham que ele é um passo rumo ao futuro, outros acreditam que a Microsoft está cometendo um tremendo engano. Nesta série de artigos dois de nossos colunistas nos EUA, Loyd Case e Lincoln Spector, defendem seus pontos de vista pró e contra o novo sistema. Começamos por Loyd, que tem vários bons motivos para recomendar a migração.
A tela Iniciar
Vamos começar pela tela Iniciar, ponto de partida para tanta controvérsia. Admito que, inicialmente, tinha minhas reservas quanto à ela, mas assim que notei que ela é um simples substituto para o Menu Iniciar, minha relutância na migração para o Windows 8 desapareceu. A tela Iniciar é “plana”, em vez de hierárquica como nas versões anteriores do Windows. Mas essa simplificação no design a torna muito mais fácil de navegar. Não importa se você usa uma tela sensível ao toque, o trackpad de um notebook ou a “rodinha” do mouse, praticamente tudo de que você precisa para abrir e gerenciar seus aplicativos está ali, logo ao alcance. E se você é um fã ferrenho do Menu Iniciar, pode clicar no canto inferior esquerdo da tela para fazer surgir uma versão simplificada dele.
Numerosas pequenas melhorias na interface desktop tornam várias tarefas mais fáceis de completar. Abra o menu Arquivo no Gerenciador de Arquivos para ver uma lista com as pastas e locais mais frequentemente acessados. Clique no menu Início para ver uma barra de ferramentas com os comandos mais frequentemente usados. Precisa do Painel de Controle? Clique com o botão direito do mouse no canto inferior esquerdo da tela, ou tecle Ctrl+X, para ver um menu simplificado com os comandos mais comuns no desktop.
E se você não consegue encontrar um aplicativo apontando e clicando, basta começar a digitar seu nome na tela inicial. Você provavelmente irá encontrá-lo graças à ferramenta de busca.
Por debaixo dos panos
As maiores melhorias no Windows 8 estão por debaixo dos panos. O novo subsistema gráfico, que usa o DirectX para renderizar todos os textos e janelas, torna o SO mais ágil enquanto você arrasta janelas ou rola a tela. O Internet Explorer 10 e o Office 2013 também parecem mais rápidos. O mesmo subsistema gráfico fornece uma base para aceleração 3D em tablets e smartphones com o Windows 8.
Tanto a impressão quanto o gerenciamento de impressoras foram significativamente melhorados graças ao que a Microsoft chama de Extensible Printer-Class Driver Framework. Trocando em miúdos: em vez de ter de lidar com milhares de drivers de impressão individuais, o Windows 8 agora pode usar um único driver para uma “classe”, suportando múltiplas impressoras similares. Além disso, a interface para gerenciar os trabalhos de impressão e recursos das impressoras é muito mais simples, e mais “visual” do que no Windows 7.
O novo recurso de “Storage Spaces” permite que os usuários criem armazenamento redundante a partir de discos de diversos tamanhos que podem estar conectados a diferentes interfaces, e os espaços resultantes protegem os dados de falhas nos discos. O File History, outro recurso relacionado ao armazenamento, torna os backups mais simples e mais fáceis de realizar.
Outra melhoria digna de nota é um novo sistema de restauração, que pode devolver a máquina ao estado de fábrica, ou algo próximo disso, caso um aplicativo mal-escrito cause danos ao sistema, e faz isso mantendo todos os seus arquivos e configurações. Além disso, se você estiver disposto a usar o Prompt de Comando pode escolher o que será mantido e o que será descartado durante a restauração.
Toque
O Windows 8 oferece real suporte ao multitoque com 10 dedos, que funciona bem. Usuários mais céticos podem se lembrar de tentativas antigas da Microsoft no mercado de Tablet PCs, que eram desajeitadas e difíceis de trabalhar, mas o Windows 8 é uma criatura completamente diferente. O toque é uma parte integral da experiência, em vez de um recurso adicionado na última hora.
Um ecossistema comum
Ter um ecossistema comum de aplicativos que irão rodar em PCs, tablets e até smartphones traz a Microsoft à segunda década do século 21. Embora os usuários mais antigos possam lamentar as mudanças que seu sistema sofreu, a habilidade de navegar por um smartphone ou tablet de forma similar a um notebook ou PC desktop promete tornar sua vida em frente ao computador mais fácil.
Por Loyd Case – PCWorld EUA
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